segunda-feira, 1 de fevereiro de 2021

Greve entre caminhoneiros

 


   Caminhoneiros prometem greve hoje e pode ser 

mais complexa do que a de 2018

Os caminhoneiros planejam uma nova paralisação por tempo indeterminado, começando a partir desta segunda-feira (1). A informação foi divulgada pelo site Congresso em Foco.

A categoria reivindica melhores condições de trabalho, protesta contra o aumento do preço do combustível, o marco regulatório do transporte marítimo (BR do Mar) e cobra direito a aposentadoria especial, entre outras pautas.

A decisão de promover a greve foi tomada no dia 15 de dezembro do ano passado, em assembleia geral extraordinária do Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC). O conselho reúne 40 mil caminhoneiros em São Paulo e tem afiliados em outros estados. Mas, como são várias as entidades que representam a categoria, ainda não se sabe que tamanho terá a mobilização.

Na semana passada, o presidente Jair Bolsonaro fez um apelo aos motoristas para que adiassem a greve. Segundo ele, o governo estuda alternativas para reduzir o PIS/Cofins e, por consequência, o preço do diesel.

Dados de um relatório do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) apontam como a greve dos caminhoneiros impactou fortemente a economia brasileira em 2018, momento em que era ainda maior a dependência do transporte rodoviário de carga.

“No período anterior à greve, a mediana da expectativa de crescimento do PIB para aquele ano começou em 2,7% em janeiro e chegou a ser de 2,9% no final de março, passando para 2,5% poucas semanas antes da greve. No final de maio já estava em 2,3% e, um mês depois, já era de 1,6%”, aponta o documento.

Desta vez, o problema pode ser ainda maior. “Hoje, a situação está muito mais complexa do que em 2018. Vivemos uma pandemia. Uma paralisação causaria problemas enormes para a chegada de insumos hospitalares, por exemplo”, avalia Galhardo, da Análise Econômica.